O médico-orquidófilo Luiz
Querino, que, na verdade, se apresenta como orqui-marido e não propriamente como
orquidófilo, foi o palestrante da nossa última reunião, no dia 26 de abril, que
tratou de defensivos agrícolas, ou melhor, de “Cuidados com defensivos
agrícolas”.
Bastante instrutiva, a palestra
do dr. Querino alertou sobre os perigos do uso excessivo de defensivos, que
quase nunca são manipulados corretamente e com a proteção necessária. O médico mencionou
ainda o óleo de Neem, que tem por base a substância Azaderactina, como o único
produto não tóxico para combater as pragas que infernizam a vida dos amantes de
orquídeas.
Veja a seguir a palavra de Luiz Querino e algumas pranchas
trazidas pelo palestrante. Nunca é demais saber que o Centro
de Intoxicação tem telefone para atendimento 24 horas em todo o Brasil, com
ligação gratuita pelo (0800) 722-6001.
E agora, na íntegra, a palavra de Luiz Querino:
"A apresentação que segue aborda os cuidados mínimos necessários que o floricultor deve ter para com a sua saúde e seus colaboradores no cultivo e manejo de espécies botânicas seja como passatempo ou mesmo com interesse comercial.Não se trata de um alerta desmedido ou radical sobre as ações e efeitos de substancias químicas no organismo, aconselha-se sobre o zelo que com que o ser humano deve ter para consigo e para com os que o cercam , inclusive os insetos polinizadores e animais domésticos ao redor.
Nesse sentido , vale mencionar o eminente naturalista Augusto Ruschi (1915 -1986), pioneiro no estudo de orquídeas e beija-flores , um defensor aguerrido da biodiversidade contra o uso de agrotóxicos e outros defensivos agrícolas. Seus estudos memoráveis sobre beija-flores tropicais tiveram inicio a partir de observações inéditas de que estes pássaros seriam um dos principais polinizadores de orquídeas e que , assim como as abelhas e zangões , deveriam ser protegidos de ações deletérias resultante do uso indiscriminado de pesticidas.
Não raramente assistimos palestras sobre aplicação e o uso continuado de “venenos” nos nossos jardins e orquidários para que raízes , rizomas (caules), hastes, pseudobulbos, espatas, botões, folhas e flores cresçam verdes e viçosos , livres de pragas e doenças (originalmente as cerca de 25.000 espécies classificadas como terrestres , rupículas, saxícolas e epífitas sobreviveram sem auxilio desses produtos) . Assim, a longo prazo , o custo incomensurável para a natureza dessa sobrecarga tóxica nas espécies particularmente as cultivadas ira seguramente afetar a biodiversidade. A curto prazo , casos incipientes de intoxicação de homens e animais serao relatados e tratados de acordo com os protocolos vigentes.
Inúmeras publicações , dentre as quais as acima mostradas , mencionam com grande destaque o papel de alguns defensivos no combate a insetos, larvas , tripes, pulgões, cochonilhas e lesmas . Entretanto , não falam dos cuidados a serem tomados ao utilizar essas pulverizações ou manuseio em larga ou mesmo pequena escala de modo sistemático no orquidário Mesmo os considerados levemente tóxicos (com tarja verde), a longo prazo, podem provocar efeitos prejudiciais a saúde".
E agora, na íntegra, a palavra de Luiz Querino:
"A apresentação que segue aborda os cuidados mínimos necessários que o floricultor deve ter para com a sua saúde e seus colaboradores no cultivo e manejo de espécies botânicas seja como passatempo ou mesmo com interesse comercial.Não se trata de um alerta desmedido ou radical sobre as ações e efeitos de substancias químicas no organismo, aconselha-se sobre o zelo que com que o ser humano deve ter para consigo e para com os que o cercam , inclusive os insetos polinizadores e animais domésticos ao redor.
Nesse sentido , vale mencionar o eminente naturalista Augusto Ruschi (1915 -1986), pioneiro no estudo de orquídeas e beija-flores , um defensor aguerrido da biodiversidade contra o uso de agrotóxicos e outros defensivos agrícolas. Seus estudos memoráveis sobre beija-flores tropicais tiveram inicio a partir de observações inéditas de que estes pássaros seriam um dos principais polinizadores de orquídeas e que , assim como as abelhas e zangões , deveriam ser protegidos de ações deletérias resultante do uso indiscriminado de pesticidas.
Não raramente assistimos palestras sobre aplicação e o uso continuado de “venenos” nos nossos jardins e orquidários para que raízes , rizomas (caules), hastes, pseudobulbos, espatas, botões, folhas e flores cresçam verdes e viçosos , livres de pragas e doenças (originalmente as cerca de 25.000 espécies classificadas como terrestres , rupículas, saxícolas e epífitas sobreviveram sem auxilio desses produtos) . Assim, a longo prazo , o custo incomensurável para a natureza dessa sobrecarga tóxica nas espécies particularmente as cultivadas ira seguramente afetar a biodiversidade. A curto prazo , casos incipientes de intoxicação de homens e animais serao relatados e tratados de acordo com os protocolos vigentes.
Inúmeras publicações , dentre as quais as acima mostradas , mencionam com grande destaque o papel de alguns defensivos no combate a insetos, larvas , tripes, pulgões, cochonilhas e lesmas . Entretanto , não falam dos cuidados a serem tomados ao utilizar essas pulverizações ou manuseio em larga ou mesmo pequena escala de modo sistemático no orquidário Mesmo os considerados levemente tóxicos (com tarja verde), a longo prazo, podem provocar efeitos prejudiciais a saúde".
o diretor técnico Carlos Eduardo Martins abriu os trabalhos |
Dr. Querino, o orqui-marido |
nosso presidente fotógrafo |
platéia pequena mas interessada |
fotos: Edson Cherem
Excelente!
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